Confesso que estava apreensivo com o que poderia (ou não) acontecer na noite do último sábado. Não que desconfiasse do espírito rock and roll do Serguei, mas não dá para negar que estava com medo que este senhor de 80 anos fraquejasse no palco.
Mas quem foi viu um show de energia rara, interpretação única e doação exemplar no palco. Simpático, humilde, mas ao mesmo tempo com aquela marra típica de quem se garante na hora H, Serguei nos conquistou de imediato. O ensaio foi na passagem de som, ao longo de pouco mais de uma hora. Depois, muito papo no camarim. Nós, como garotos ouvindo o vovô contar histórias, apenas curtíamos o momento e perguntávamos mais e mais. Só fomos interrompidos pelos vários fãs que invadiam o camarim para tirar fotos e pelo próprio Serguei que jantava conosco.
Mas foi na hora do show que o verdadeiro Serguei se revelou, com sua "alma de puta", como ele mesmo se define. Abriu com With a Little Help From My Friends, versão Joe Cocker, seguida na pressão de Pro Dia Nascer Feliz. Em seguida, o ponto alto: Love of My Life, apenas com Kleber Marcelino na guitarra. Serguei desce do palco e vai pro meio da galera que cantou junto! Outro dueto na sequência, agora com Ricardo Mann no teclado tocando As Rosas não Falam. Claro que não poderia faltar Summertime, da sua musa Janis Joplis, para puxar o encerramento com Born to be Wild e Satisfaction.
Foi rápido sim, mas foi certeiro. Para a Mustang'65, uma horna acompanhar este ícone do rock nacional, defensor dos péssimos costumes do rock and roll, que preferiu ser ele mesmo a se vender. Preferiu ser Serguei! Nós da Mustang'65 agradecemos por termos participado um pouquinho da história do rock brasileiro!
Obrigado Bar do Meio, obrigado Serguei!
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